A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, na data de hoje (08/02/2018), a segunda fase da Operação Torrentes, denominada Círculo de Fogo, com o propósito de apurar desvio de recursos públicos federais e corrupção envolvendo oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão.
Como se sabe, a Operação Torrentes teve por propósito descortinar uma organização criminosa que desviou recursos públicos repassados pelo Ministério da Integração Nacional à Secretaria da Casa Militar de Pernambuco com o intuito de prestar assistência à população atingida pelas fortes inundações ocorridas nos anos de 2010 e 2017, mediante o favorecimento a determinados grupos empresariais em contrapartida ao pagamento de propina aos agentes públicos.
Ocorre que os elementos coletados no bojo daquela investigação revelaram que o esquema teria igualmente contaminado o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, o qual favorecera uma mesma empresa de fachada ali investigada, porém, desta feita, utilizando-se de recursos federais destinados a atender as vítimas da forte seca que atingiu esse estado nos anos de 2013 e 2014.
Chamou a atenção dos investigadores que tão logo os valores eram creditados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão na conta da empresa fornecedora investigada, parte deles era repassada diretamente para as contas bancárias de oficiais daquela instituição, inclusive da alta cúpula, ou para as contas de um operador, que se encarregava de transferir-lhes a vantagem indevida.
Os indícios também apontam superfaturamento nos contratos em virtude de preço quase 30% superior ao de mercado e também do não fornecimento integral do objeto pactuado, os quais podem totalizar um prejuízo de mais de R$ 10 milhões de reais aos cofres públicos.
Ao todo, cerca de oitenta policiais federais estão cumpridos 7 (sete) mandados de prisão preventiva e 9 (nove) mandados de busca e apreensão nos estados de Pernambuco e Maranhão, além de ter sido determinado o sequestro dos bens dos investigados.
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