segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Será difícil não embolar!!! “Espero que não leve política ao ofício de julgador”, diz Marco Aurélio sobre Dino

 Flávio Dino estreia como ministro no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira, 29

“Espero que não leve política ao ofício de julgador”, diz Marco Aurélio sobre Dino
Ministro aposentado do STF Marco Aurélio

O ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou a O Antagonista que espera do novo integrante da corte, Flávio Dino, uma atuação imparcial e isenta na Suprema Corte. Dino tomou posse na semana passada e, na próxima quarta-feira, terá a sua primeira atuação no plenário do Tribunal.

“Espero que não leve política para o ofício de julgador e atue com absoluta independência, presentes as formações técnica e humanística. Para o Juiz, processo não tem capa, tem unicamente conteúdo”, declarou o ex-integrante do STF.

A Corte julga as chamadas regras de sobras eleitorais para cálculo das cadeiras que devem ser preenchidas por candidatos eleitos nas casas legislativas.

Até o momento, o placar é de 3 votos a 2 pela derrubada das atuais regras de sobras eleitorais.

Os ministros julgam ações protocoladas pelos partidos Rede Sustentabilidade, Podemos e PSB para contestar trechos da minirreforma eleitoral de 2021. A Lei 14.211/2021 reformulou as regras para distribuição das sobras eleitorais.

Com a nova regra, somente candidatos que tiveram votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem mínimo de 80% desse quociente passam a disputar as vagas oriundas das sobras.

Diante da mudança, os partidos defenderam no Supremo a inconstitucionalidade da restrição.

Os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski (votou antes de se aposentar) já votaram pela ilegalidade das restrições. André Mendonça e Edson Fachin votaram pela validade de norma para as eleições passadas.

No entendimento de Moraes, a lei favoreceu os grandes partidos. “Na questão principal, prevalece que o partido que teve mais votos, ele vai ter mais cadeiras. Mas, nas sobras, o que vem ocorrendo e pode continuar a ocorrer é um rodízio dos grandes partidos nas sobras. Os partidos menores ficam sem a possibilidade de nenhuma cadeira”, afirmou.

Por o antagonista

Nenhum comentário:

Postar um comentário