Uma lenda
viva
Por todos
jamais esquecida...
Zeca Pedilha,
que lembra Zé Pato, que lembra Chiquinha.
Que lembra
sua única irmã querida, Noeme Ribeiro Dias...
O velho
vaqueiro da chapada nordestina
Duro de
matar
Duro de
morrer
Que venceu
tantos confrontos com a morte
Que foi frio
e sereno diante dos reveses da sorte...
Hoje pelas
bandas da chapada ecoa no ar um dia triste...
Velhos fantasmas
do passado distantes ganham vida
Semana santa,
silencio na casa da fazenda...
Relincha num
facho de luz imaginário
A eguinha
que lhe quebrou o braço...
A voz de Chiquinha,
o catraio cantando triste à noite
As luas
cheias no céu de Bom-Viver...
Zeca e
Noeme, brincando pela varanda da fazenda
Oscar e seus
atrapalhos, Lelé e seus sobressaltos...
Zé Maria
Soares, inolvidável sócio do armazém São Luis
Onôr Gibão,
Ciriaco, Pé de Leque, e outros vaqueiros
Perdidos no
meio da lembranças alvas da boiada...
As grandes
chuvas que enchiam os tanques e córregos,
Matando a
sede e a fome do gado
As pastagem
verdejantes da chapada
O cheiro da
terra molhada, o vento frio dos campos solitários
O canto
triste dos pássaros do mato...
Cotinha, a
bela moça e o jovem vaqueiro desengonçado...
A conquista
de mestre do fazendeiro enamorado
O sonho e o
amor, enfim, consolidados...
Tanto sonho
e tanta vida sepultados nas brumas do passado
E que agora
aflora de repente no relicário sagrado
De quem
parte para a eternidade
Avido para
reveros entes queridos que lhe foram caros
E que lhe
esperam ansiosos do outro lado do cenário!
Januário Constancio
Dias Neto, seu amado sobrinho
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