Recebi, com pesar, a notícia do falecimento do italiano Frei José Preciosa, que morou em Pinheiro por mais de meio Fazia parte do grupo eclesiástico liderado por D. Afonso Ungarelli, que chegou em nossa cidade na década de 50. Entre eles lembramos padre Fernando, padre Humberto, Padre Silvio e outros. No grupo havia um religioso (não tonsurado): Frei José. Morando em frente à residência dos padres, todas as manhãs, ao sair de casa o Frei cumprimentava-me com seu sorriso escancarado, “Bon d’jorno, Donna!”. Inicialmente escutávamos Frei José tocando órgão nas missas domingueiras da matriz. Casei-me em Pinheiro, no mês de julho de 1955. Vestida de noiva e muito emocionada, adentrei a nave da Matriz de Santo Inácio de Loiola, sob os acordes do órgão tocado por Frei José. Todas as manhãs podíamos encontrá-lo ao lado do pároco, padre Fernando Meloselli, ajudando as missas da nossa igreja maior. Mais tarde passou a colaborar com a cúpula do Colégio Pinheirense, quando a professora Teresinha Leite exercia a função de Diretora Geral. Ali Frei José encontrou sua verdadeira profissão: administrador e educador.
Era visto a qualquer hora do dia, em todos os lugares do Colégio, das salas de aula (lecionava música e desenho) à Secretaria - observando os Diários de Classe; dos banheiros, ao campo de volley; da Sala dos Professores, à Biblioteca com a mais extrema parcimônia com os livros ali expostos.
Tudo passava por ele, a parte física, a administrativa, a financeira, os corpos: docente e discente. Cuidava de tudo.
Como um enorme polvo, seus tentáculos estavam em todos os lugares da escola: regia a ordem nas salas de aula, a limpeza dos pátios e corredores, o uso do giz no quadro negro (para evitar excessos), os murmúrios nas filas, o uniforme – se estava completo, a algazarra no recreio, a saída do colégio, enfim, a tudo Frei José estava atento.
Estatura mediana tornava-se um verdadeiro leão de chácara a defender aquele educandário do que quer que fosse, para torná-lo o primeiro da Baixada Maranhense.
Até que... o gigante foi abatido por um DERRAME CEREBRAL. Mesmo assim, ainda por algum tempo contribuiu com sua presença, indo ao Colégio em uma cadeira de rodas. Simbolicamente estava atento. Estava a postos. Lentamente foi-se agravando o seu estado e Frei José passou a viver num leito, na residência oficial dos padres, um
belo sobradão, esquina com as avenidas José Sarney e Paulo Ramos.
Aqui, nesta parte do relato entra a misericórdia, a solidariedade, a sensibilidade, a consciência, o amor ao próximo, a caridade e a bondade.
Compadecido, Padre Luiz Risso assume o papel de... cuidador, responsável, irmão, pai, filho, conterrâneo, médico, enfermeiro, amigo... dedicando-se dignamente a administrar todos os cuidados a serem tomados com Frei José, cuidados estes que se agravavam a cada ano, mês, semana, dia...
O falecimento deu-se dia 23 do mês em curso.
A’ toda a comunidade eclesiástica de Pinheiro, na pessoa do Reverendo D. Ricardo Paglia, enviamos votos de pesar pela perda de um grande colaborador.
Ao Padre Risso o nosso afeto, nosso orgulho, nossa imensa admiração com o mais sincero e terno abraço.
Nestes votos estão incluídos meus filhos, ex-alunos do Colégio Pinheirense: Antônio Américo Lobato Gonçalves, Maria José Lobato Gonçalves, Carmem Lúcia Lobato-Gonçalves Miranda, Ana Cristina Lobato Gonçalves, Pollyana Lobato–Gonçalves
Araújo.
Marita Gonçalves
Era visto a qualquer hora do dia, em todos os lugares do Colégio, das salas de aula (lecionava música e desenho) à Secretaria - observando os Diários de Classe; dos banheiros, ao campo de volley; da Sala dos Professores, à Biblioteca com a mais extrema parcimônia com os livros ali expostos.
Tudo passava por ele, a parte física, a administrativa, a financeira, os corpos: docente e discente. Cuidava de tudo.
Como um enorme polvo, seus tentáculos estavam em todos os lugares da escola: regia a ordem nas salas de aula, a limpeza dos pátios e corredores, o uso do giz no quadro negro (para evitar excessos), os murmúrios nas filas, o uniforme – se estava completo, a algazarra no recreio, a saída do colégio, enfim, a tudo Frei José estava atento.
Estatura mediana tornava-se um verdadeiro leão de chácara a defender aquele educandário do que quer que fosse, para torná-lo o primeiro da Baixada Maranhense.
Até que... o gigante foi abatido por um DERRAME CEREBRAL. Mesmo assim, ainda por algum tempo contribuiu com sua presença, indo ao Colégio em uma cadeira de rodas. Simbolicamente estava atento. Estava a postos. Lentamente foi-se agravando o seu estado e Frei José passou a viver num leito, na residência oficial dos padres, um
belo sobradão, esquina com as avenidas José Sarney e Paulo Ramos.
Aqui, nesta parte do relato entra a misericórdia, a solidariedade, a sensibilidade, a consciência, o amor ao próximo, a caridade e a bondade.
Compadecido, Padre Luiz Risso assume o papel de... cuidador, responsável, irmão, pai, filho, conterrâneo, médico, enfermeiro, amigo... dedicando-se dignamente a administrar todos os cuidados a serem tomados com Frei José, cuidados estes que se agravavam a cada ano, mês, semana, dia...
O falecimento deu-se dia 23 do mês em curso.
A’ toda a comunidade eclesiástica de Pinheiro, na pessoa do Reverendo D. Ricardo Paglia, enviamos votos de pesar pela perda de um grande colaborador.
Ao Padre Risso o nosso afeto, nosso orgulho, nossa imensa admiração com o mais sincero e terno abraço.
Nestes votos estão incluídos meus filhos, ex-alunos do Colégio Pinheirense: Antônio Américo Lobato Gonçalves, Maria José Lobato Gonçalves, Carmem Lúcia Lobato-Gonçalves Miranda, Ana Cristina Lobato Gonçalves, Pollyana Lobato–Gonçalves
Araújo.
Marita Gonçalves
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