O Maranhão tem 110 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. A informação é de um estudo realizado pelo Governo Federal divulgado no último dia 18 de maio. No Brasil, foram mapeados 1.942 municípios com risco de desastre ambiental.
O levantamento foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O estudo foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.
Ainda de acordo com o levantamento, as áreas dentro dessas 110 cidades consideradas em risco, concentram mais de 173 mil maranhenses, o que representa 3,5% da população do estado.
Entre os 110 municípios maranhenses apontados pelo Governo Federal suscetíveis a desastres ambiental, as 10 cidades com o maior número de moradores em áreas de risco são:
- Codó – 27.191
- Chapadinha – 19.499
- Caxias – 10.822
- Vitória do Mearim – 8.179
- Trizidela do Vale – 7.361
- Imperatriz – 6.719
- Bacabal – 6.933
- Presidente Dutra – 5.350
- Timon – 4.764
- Coelho Neto – 4.378
- Santa Helena – 3.818
Aumento em 10 anos
Publicado em abril deste ano, o estudo refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em mais de 35% o número dos municípios maranhenses considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o Governo Federal havia mapeado 80 cidades maranhenses em risco desse tipo.
Recomendações
A nota técnica do estudo realizado pelo Governo Federal faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.
“É fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz o estudo, acrescentando que o Novo PAC pode ser uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e desastres no Brasil.
“[A nota técnica deve] subsidiar as listas dos municípios elegíveis para as seleções do Novo PAC em prevenção de risco: contenção de encostas, macrodrenagem, barragens de regularização de vazões e controle de cheias, e intervenções em cursos d’água”.
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