Ao que
tudo indica, os dias do suplente de deputado Luciano Genésio como
superintendente Regional de Pinheiro podem estar contados. É o que se entende
após a entrevista concedida dia 29, por Genésio ao canal de TV de sua
propriedade, na cidade de Pinheiro.
Na
entrevista, Luciano acusa o golpe da demissão da mulher da Hemomar, revela
desprestígio junto ao Governo, demonstrando clara mágoa pelo tratamento
recebido, numa evidente indicação de que gostaria de ter sido agraciado com
mais. O herdeiro de Zé Genésio se mostra, na verdade, enciumado com o relativo
prestígio do vereador Leonardo Sá junto ao governador, chegando a lembrar de
ter sido ele a promover a aproximação entre os dois.
Sobre a
demissão da mulher, Luciano tenta jogar fumaça nos reais motivos que levaram à
exoneração do órgão, atribuindo a adversários o desfecho do caso.
Numa aula
de mimimi que pode ser comparada à já famosa carta de Michel Temer a Dilma,
muito queixoso, Luciano anuncia o afastamento do grupo do governador “para
cuidar” de sua campanha à Prefeitura de Pinheiro. Curiosamente, ele afirma
estar se afastando do grupo, mas não entrega o cargo. Pelo menos não com essas
palavras. Fontes do Palácio apostam que a demissão dele é questão de tempo.
Confusão – Nomeado para um cargo
figurativo – o de gerente de Articulação Regional de Pinheiro – pelo governo
Flavio Dino como recompensa ao apoio nas eleições de 2014, o herdeiro de Zé
Genésio vem esperneando desde o recente episódio da demissão de sua mulher,
Thaiza Hortegal.
Sob suspeita
de corrupção e tentativa de extorsão junto a fornecedores do órgão, Thaiza
Genésio teve conversas com esses fornecedores gravadas e levadas ao secretário
Marcos Pacheco. Com a denúncia, não restou ao Governo outra opção, senão
exonerar a médica do comando do Serviço Administrativo do Centro de Hematologia
e Hemoterapia - Hemomar, cargo comissionado que ocupava desde março deste ano.
Para a
mídia, Genésio disse em nota que foram eles a levar ao secretário Marcio Jerry
denúncias de corrupção na Hemomar e um suposto “esquema gigantesco” na
Secretaria de Saúde mexendo até com a deputada federal Rosângela Curado. As
denúncias foram repercutidas pelo blogueiro Luis Pablo e rebatidas por
Rosângela Curado ao blog do jornalista Diego Emir.
Da parte
do Governo, coube ao super secretário Marcio Jerry tentar acalmar os ânimos
fazendo parecer que as declarações de Luciano Genésio eram, na verdade, coisa
pequena, tentativa de intrigar o governo com seus aliados.
Criada a
confusão, Luciano Genésio fez o que mais sabe: criar fato. Tratou de vazar
conversa de whats app com o blogueiro Luis Pablo, anunciando o
afastamento do governo. Ou seja, mandando um recadinho pra Dino: estou
insatisfeito e quero atenção. Mais mimimi.
Como
político aliado, Luciano Genésio é fraco e não tem a articulação que diz com a
alta cúpula do governo e muito menos com Flavio Dino; lá no Palácio, é tratado
como aquele tipo de político que se acha mais do que é e que qualquer tostão
acomoda.
Ao deixar
no ar se entregou de fato o cargo ou não, Luciano mostra claramente que não
pretende largar fácil o osso, pois não tem trabalho e depende do salário,
inclusive do salário da mulher.
A
entrevista revela ainda que quando o assunto é corrupção, Zé Genésio e os
filhos entendem como ninguém. Na família ninguém é santo e todo mundo sabe
disso, inclusive Dino e seus auxiliares.
Outra
coisa: acusar o governo de não lhe dar oportunidade e um tratamento
diferenciado é no mínimo uma injustiça. Oportunidade e acesso ele teve. O que
ele não soube foi manter. As suspeitas que pesam sobre sua mulher na Hemomar
são a prova disso, de que ele não foi capaz de honrar a oportunidade dada por
Dino.
Resta
agora saber como seguirá a candidatura de Luciano Genésio sem a tão desejada
bênção de Flavio Dino. É bem capaz que ele leve menos de 24 horas para se
arrepender de ter dado a tal entrevista [e ninguém vai achar estranho ao se dar
conta de que, igual peixe, pode ter morrido pela boca.
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