A
pedetista Rosângela Curado, ex-secretária da Saúde dos municípios de Imperatriz
e de Coelho Neto e ex-candidata a prefeita de Imperatriz, cotada para integrar
a chapa de Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo governo estadual foi flagrada
pelo Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde, SUS, no
desvio de R$ 8.278.517,20 milhões num esquema que simulava tratamento de
glaucoma em pacientes de quatro municípios do Leste maranhense. A fraude
incluía a participação de médicos sem especialização em oftalmologia que
cometiam o mesmo crime em outro estado.
A
pedetista Rosângela Curado pagou 193.291 mil procedimentos médicos com recursos
do SUS destinados à Prefeitura de Coelho Neto, e o que mais chama a atenção é
que aquele município tem apenas 46.792 habitantes que, se somados aos moradores
das cidades vizinhas de Duque Bacelar, Buriti e Afonso Cunha, que poderiam ser
assistidos com os recursos enviados para Coelho Neto, totalizariam 88 mil
pessoas, menos da metade das mais de 193 mil que teriam sido tratadas de
glaucoma, com o detalhe de que apenas as pessoas da terceira idade, cerca de
12% dos 88 mil potenciais clientes do SUS, poderiam ter a doença.
A fraude, de tão elementar, faz pensar
que Rosângela Curado nunca imaginou que um dia seria auditada pelo SUS. Tem
médico que colocou no bolso R$ 655.853,69 num mês, como se nos 19 dias úteis de
abril de 2011 um único profissional teria atendido 13.490 pacientes, ou feito
procedimentos em 26.980 olhos, 25 segundos para cada olho sem intervalo para a
saída e entrada de pacientes, isso considerando que o médico ficava até 10
horas em pé num centro cirúrgico ou no ambulatório.
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