A Polícia Federal realiza,
neste momento, busca e apreensão no escritório dos prefeitos de Maranhãozinho,
Josimar Rodrigues, e de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha,
ambos do PR. Os agentes buscam documentos na sala que eles mantêm no edifício
Vinícius de Moraes, em São Luís.
Os dois são casados e as
cidades que administram são vizinhas.
Na eleição deste ano,
Josimar elegeu o próprio motorista, Auricélio (PR), com 4.712 votos, 90,6% do
total. O segundo colocado obteve apenas 489 votos.
Veja
abaixo nota sobre o caso emitida pela Polícia Federal há pouco
A Polícia Federal
deflagrou, nesta quinta-feira (20), a Operação COPII, com o objetivo de
reprimir a prática de extração irregular de madeira em terras indígenas
localizadas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme. Na ação,
foram empregados 34 policiais federais, que deram cumprimento a sete mandados
de busca e apreensão, nas cidades de Maranhãozinho, Centro do Guilherme e São
Luís.
A investigação teve
início com a Operação Arco de Fogo, no ano de 2011, com o levantamento de
informações sobre desmatamento na reserva indígena ALTO TURIAÇU no Estado do
Maranhão , que gerou o IPL 18/2011/SR/DPF/MA. A quadrilha é formada por
madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região.
De acordo com as
investigações, a Prefeitura de Centro do Guilherme cobra uma taxa para que os
caminhões madeireiros possam entrar na reserva e, de lá, retirar as toras para
venda às serrarias.
No entanto, essa
atividade não é autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou Coordenação Regional da Fundação
Nacional do Índio (Funai) e o dinheiro arrecadado não ia para os cofres
públicos, mas para o bolso dos integrantes da quadrilha.
Ao pagar a taxa, o caminhoneiro
recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na
reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas
municipais armados, ilegalmente, e instalados em “barreiras/cancelas”, no
povoado Centro do Elias e na Quadra 80-1, zona rural de Maranhãozinho, sob
supervisão de um subtenente da Polícia Militar da região.
Os investigados
responderão pelos crimes de corrupção passiva, concussão, prevaricação,
formação de quadrilha ou bando e peculato.
Operação. O nome da operação policial
significa cupim, em tupi-guarani, que é considerada uma praga perigosa que
ataca a madeira e outros produtos agrícolas.
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