Quatro dos cinco municípios com menor PIB per capita do Brasil estão no Maranhão. Nina Rodrigues registrou R$ 7.701,32 por habitante; Matões do Norte, R$ 7.722,89; Cajapió, R$ 8.079,74; e São João Batista, R$ 8.246,12.

Os dados constam na publicação PIB dos Municípios 2022-2023, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta que o município com o menor PIB per capita do país foi Manari (PE), com R$ 7.201,70.
Logo em seguida aparecem os quatro municípios maranhenses, evidenciando a forte concentração de baixa renda em parte do estado.
O estudo foi elaborado em parceria com os órgãos estaduais de estatística, Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), e detalha a distribuição da produção de bens e serviços nos municípios brasileiros.
De acordo com o IBGE, 25 municípios concentraram 34,2% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023.
As três primeiras posições do ranking permanecem com São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que lideram desde o início da série histórica, em 2002.
Segundo o analista do IBGE, Luiz Antonio do Nascimento de Sá, apesar de se manterem no topo, essas cidades vêm perdendo participação relativa ao longo dos anos, refletindo mudanças na dinâmica econômica nacional.
O ranking dos 25 maiores PIBs municipais inclui 11 capitais, nove municípios paulistas, quatro fluminenses e um mineiro.
Já quando analisados os cem municípios com maior produção econômica, eles concentram 52,9% do PIB brasileiro, reforçando a concentração de riqueza no país.
Em 2023, as capitais — incluindo Brasília — responderam por 28,3% do PIB nacional, enquanto os municípios não capitais concentraram 71,7% da produção.
O desempenho do setor de serviços foi determinante para o aumento da participação das capitais no PIB. São Paulo apresentou o maior ganho, com acréscimo de 0,4 ponto percentual, alcançando 9,7% do PIB do país.
Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro tiveram aumento de 0,1 ponto percentual cada, enquanto Belo Horizonte manteve participação próxima a esse patamar.
Por outro lado, entre os 30 municípios que mais perderam participação no PIB, sete registraram queda associada à extração de petróleo, incluindo os cinco primeiros da lista: Maricá, Niterói, Saquarema, Ilhabela e Campos.
Outros nove municípios impactados negativamente têm como principal atividade a indústria de transformação.
Apesar disso, as seis cidades com maior PIB per capita do Brasil continuam vinculadas à extração e ao refino de petróleo. Saquarema (RJ) liderou o ranking em 2023, com R$ 722,4 mil por habitante.
Entre as capitais, Brasília apresentou o maior PIB per capita, com R$ 129,8 mil, valor 2,41 vezes superior à média nacional, que foi de R$ 53,9 mil no ano. (O Informante).
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