O Superior Tribunal de Justiça aguarda receber por toda esta semana a lista da Procuradoria Geral da República para iniciar investigações de denúncias que envolvem 12 governadores na operação Lava Jato. Dentre eles, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que se comprovado ter recebido propina pelo caixa 2 da Odebrecht, pode ser preso e nem sair candidato à reeleição.
O STJ, assim que receber a lista e as denúncias sobre os governadores, vai solicitar da Polícia Federal que faça diligências e proceda as investigações. Eles foram delatados pela Odebrecht pelo recebimento de dinheiro de campanha de forma não oficial.
José de Carvalho Filho, ex-executivo da empresa, contou ter sido ele quem efetuou o pagamento da propina para Flávio Dino como ajuda para a campanha eleitoral de 2010. Ele disse ter repassado uma senha e que a operação foi realizada pelo setor de Operações Estruturadas e carimbadas pelo sistema “Drousys”.
“Ele não fez qualquer questionamento ou condicionamento, ao contrário, ele quando foi candidato e teve que se descompatibilizar, ele comprometido com o Projeto (de Lei) que se referia a Cuba e ao estado brasileiro ele indicou outro deputado do seu partido para dar continuidade ao processo, Chico Lopes, do PCdoB”, disse o delator.
O jornal a Folha de São Paulo informa hoje que “segundo integrantes do STJ e da PGR, esses pedidos já virão acompanhados de solicitação de diligências, quebras de sigilo e oitivas dos investigados e testemunhas”.
Diz ainda que “magistrados do STJ relataram à Folha que podem ocorrer, ao longo da investigação, até mesmo pedidos de prisão temporária ou de suspensão de mandatos envolvendo os governadores”.
Os governadores investigados são Flávio Dino (PC do B do Maranhão) Beto Richa (PSDB-PR), Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Fernando Pimentel (PT-MG), , Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Raimundo Colombo (PSD-SC), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Paulo Hartung (PMDB-ES).
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