Apenas 6% dos alunos de ensino superior são empreendedores. Mas algumas iniciativas universitárias querem mudar esse quadro
São Paulo – Pense em uma sala típica de uma universidade brasileira, com 50 alunos. Quantos sonham com um cargo em órgãos públicos assim que se formarem? Cerca de 21 estudantes. E quantos deles são donos do próprio negócio? Apenas três.
O principal motivo para essa discrepância de expectativas profissionais não é a falta de recursos financeiros: 30% dos universitários dizem não possui interesse em empreender simplesmente por nunca ter pensado em tal possibilidade, desconhecida ao longo da vida escolar.
Os dados são da quarta edição da pesquisa “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras”, realizada pela Endeavor e pelo Sebrae no ano passado. O estudo contou com a participação de 2230 alunos e 680 professores, pertencentes a mais de 70 instituições de ensino superior pelo país.
Há cerca de 20 anos, começou-se a ouvir conversas no Brasil sobre empreendedorismo nas universidades, segundo a diretora técnica do Sebrae Heloísa Menezes. “Houve iniciativas muito pontuais nas universidades, especialmente as ligadas aos cursos de administração e ciências da computação”, analisa.
Algumas universidades espalhadas pelo Brasil querem mudar o desconhecimento sobre o empreendedorismo como opção de carreira. Nelas, a cada novo ano escolar, os alunos podem elaborar planos de negócios; expor suas ideias em feiras; capacitar-se em workshops; participar de aceleradoras, empresas juniores e incubadoras; e, por fim, conversar com investidores e lançar sua própria empresa.
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