A Defesa Civil Estadual, disse que as altas temperaturas que atingem Bequimão e dezenas de municípios no estado, deixam a região em sinal de alerta. Segundo a defesa civil, a estiagem causa danos a rebanhos, plantações e reservas florestais.
O Estado do Maranhão com dois períodos; um seco e outro chuvoso, onde o primeiro inicia-se normalmente de julho a dezembro e o segundo de janeiro a junho. Contudo, nos últimos anos alguns Municípios do Estado vem sofrendo com o prolongamento do período ou apresentando baixos índices pluviométricos no período chuvoso, o que ocasiona a estiagem. Tal situação compromete diretamente a população em vários aspectos, como, por exemplo, os produtores agrícolas, pecuaristas e a própria população, pois com o atraso do período chuvoso ou mesmo com os baixos índices pluviométrico local, os reservatórios de água baixam ou secam, comprometem diretamente os agricultores e os pecuaristas, diminuindo a fertilidade do solo.
Situação dessa natureza esta passando o Município de Bequimão, no litoral ocidental maranhense, pois segundo a Coordenadora Municipal de Proteção e Defesa Civil Joana D’arc Costa, o período chuvoso deveria ser iniciado, no entanto até o presente, não foi normalizado o período chuvoso no Município, implicando em consequências graves para a população.
O prefeito de Bequimão, Zé Martins (PMDB) diante desta situação extrema, informou e solicitou junto a Defesa Civil do Estado, a necessidade de ajuda externa para lidar com as consequências da estiagem que assola a região. A Defesa Civil Estadual, agindo em conformidade com a Lei Federal Nº12.608 de 10 de abril de 2012 (Dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC) que determina como competência do Estado coordenar as ações do SINPDEC em articulação com a União e os Municípios, manifestou seu apoio garantindo a presença de técnicos da CEPDECMA para auxiliar a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil no processo de decretação de situação de anormalidade.
Ao realizar vistoria no município de Bequimão, a Defesa Civil constatou por meio de visita em diversos povoados (Quindiua, Mafra, Vila Betel, Rio Grande, Buritirana, Pontal e outros), que com a estiagem houve uma lesão aos recursos ambientais, com a consequente degradação e alteração adversa do equilíbrio ecológico e da qualidade ambiental. Essa condição crítica contribuiu sensivelmente para o agravamento no abastecimento de água, danos nas áreas agrícolas de subsistência, perdas e diminuição na qualidade da pecuária.
De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Isac Matos, a situação de emergência foi confirmada devido aos prejuízos causados às lavouras e as produções pecuárias. “Além disso, houve reflexos evidentes na economia local. Na responsabilidade de Defesa Civil, recebemos as demandas destas localidades e, em seguida, pareceres referentes às decretações foram encaminhados para o Governo Federal”, disse.
TEMPERATURAS ESTÃO MAIS ELEVADAS
De acordo com o Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a grande variedade nas temperaturas dos Oceanos Pacífico e Atlântico é o fator preponderante para a forte estiagem no estado. Segundo o Núcleo, as temperaturas deverão ficar mais elevadas. Com a estiagem, aumentaram os casos de queimadas. Além da falta de pasto para o gado, a ausência de água para abastecer o rebanho causa a morte de animais. Em açudes, por exemplo, não há água para consumo humano e abastecimento das necessidades das criações pecuárias.
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