O
presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), conselheiro
Jorge Pavão, se reuniu na manhã de segunda-feira, com o secretário de fazenda
do Estado, Marcelus Alves; o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia Rocha; e
os procuradores do Estado Bruno Tomé Fonseca e João Batista de Oliveira Filho
para analisar estratégias que podem ser adotadas pelas instituições para que
sejam cumpridos com maior celeridade os acórdãos do TCE que imputam débitos e
multas aos gestores públicos maranhenses.
Durante a
reunião, que contou também com a presença do vice-presidente do TCE,
conselheiro Caldas Furtado; do chefe do Ministério Público de Contas (MPC),
Douglas Paulo da Silva; do secretário de controle externo do TCE, Bruno Almeida
e do secretário de administração do TCE Raimundo Erre, foram descritos o
cenário que caracteriza a atuação do TCE como órgão de controle externo, quais
os principais resultados que foram alcançados nos últimos anos e como o
cumprimento dos acórdãos se efetivava por intermédio da atuação do Ministério
Público Estadual (MPE). A partir do quadro anterior, serão adotadas novas
providências e realizadas mudanças.
O
procurador Douglas Paulo da Silva, em sua exposição, destacou a intensa atuação
do TCE no processo de fiscalização dos gestores públicos maranhenses, ressaltando
que o cenário apresenta elevado índice de reprovação das prestações de contas,
o que resulta num grande volume de acórdãos estabelecendo o pagamento de
débitos e multas.
Ele fez
questão de destacar o quanto a reunião realizada hoje no TCE pode contribuir
para que novos caminhos sejam adotados em relação ao alcance de maior
efetividade nas decisões do órgão.
- A
eficácia das decisões do TCE representa um grande avanço para o Maranhão.
Atingir esse objetivo é dar a resposta que a sociedade demanda de nossa
instituição. Vamos adotar todas as medidas legais cabíveis, de forma ampla e
integrada com esses parceiros institucionais, para que os débitos sejam
cobrados com a maior brevidade possível - disse Douglas Paulo.
De acordo
com as informações de Douglas Paulo, levantamento de informações realizado pelo
MPC, detalhou que já foram encaminhados à Procuradoria-Geral do Estado (PGE)
1.199 acórdãos que representam devoluções ao cofres públicos que totalizam R$
282.487.219,83 e o pagamento de multas no total de R$ 59.025.274,26. São esses
débitos que o TCE e as instituições que participaram da reunião querem cobrar
de modo efetivo.
Como
forma de agilizar os processos de cobrança desses débitos, as instituições
prometem atuar conjuntamente. Um dos passos mais importantes nessa nova
estratégia será a troca de informações como base para o aprimoramento e o
surgimento de novos fluxos de trabalho direcionados à cobrança dos débitos.
Será permitido o acesso dos órgãos parceiros aos sistemas do TCE que contêm informações
indispensáveis à adoção das providências que resultem no devolução dos valores
cobrados.
Outra
medida que poderá ser adotada é a realização de treinamentos evolvendo
servidores dos diversos órgãos como forma de capacitá-los sobre os temas que
são relevantes na área de controle externo e a forma de atuação do TCE.
Acredita-se
que a difusão desses conhecimentos contribuirá para a melhoria dos processos de
trabalho.
Para o
vice-presidente do TCE, conselheiro Caldas Furtado, a cobrança dos débitos
imputados aos gestores tem grande importância e sinaliza para a sociedade que
os órgãos de controle estão vigilantes e atuando na defesa do interesse
público.
- O
estabelecimento de uma rotina de trabalho para cobrar esses débitos é o ponto
inicial. Esta interlocução entre os diversos órgãos é essencial. A iniciativa é
importante não apenas pelo seu aspecto fiscal, de recuperação do dano
patrimonial, de aplicação das multas, mas principalmente por mostrar aos
gestores públicos que é preciso planejar e organizar a gestão, caso contrário,
os órgãos de controle atuarão para punir aqueles que cometerem desvios e
irregularidades - afirmou
Caldas Furtado.
O
presidente do TCE, Jorge Pavão, se demonstrou muito otimista com os resultados
desse primeiro encontro, ressaltando que os objetivos serão alcançados com a
efetiva integração e atuação conjunta de todos os órgãos.
-
Delimitamos de forma clara e precisa a área de atuação de cada instituição no
processo de cobrança dos débitos e multas definidos pelo TCE. Hoje foi dado inicio
a um importante trabalho que tem por finalidade fortalecer o controle externo
como forma de qualificar ainda mais a gestão pública em nosso Estado e
recuperar valores que representaram danos ao patrimônio público - destacou Jorge Pavão.
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