domingo, 6 de abril de 2025

Presidente da FMF, Antônio Américo passa a receber salário de R$ 215 mil

 

A recente reportagem da revista Piauí trouxe à luz questões polêmicas em torno da reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), destacando o apoio unânime recebido de todas as 27 federações estaduais e dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Um dos pontos mais controversos abordados na matéria é o significativo aumento salarial concedido aos presidentes das federações estaduais, que viu seus proventos saltarem de R$ 70 mil para R$ 215 mil mensais — um aumento considerável de mais de 200%.

Dentre os beneficiados, destaca-se Antônio Américo, presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF) desde 2011. Américo, que chegou ao cargo com a promessa de uma gestão provisória de apenas 30 dias, permanece no comando da entidade há 14 anos, garantindo apoio de clubes das Séries A e B além das ligas do interior do estado. Essa situação levanta questões sobre a eficácia de sua gestão, especialmente considerando que o Campeonato Maranhense é frequentemente considerado um dos mais fracos do Brasil, apresentando problemas recorrentes como calendário irregular, falta de premiações e desorganização.

O contraste entre os altos salários dos dirigentes e a realidade esquecida do futebol local suscita indagações. As denúncias de escândalos relacionados à FMF já foram levantadas anteriormente, e muitos acreditam que o Ministério Público deveria ser mais ativo nessa situação, semelhante ao que ocorreu no passado com o afastamento do ex-presidente Alberto Ferreira.

A reportagem da Piauí reacende não apenas críticas à estrutura de poder existente no futebol brasileiro, mas também a necessidade urgente de uma reforma no sistema federativo esportivo. O aumento salarial de R$ 145 mil, que ocorreu em um contexto de articulações para a reeleição de Ednaldo Rodrigues, gera uma reflexão importante: seria este movimento uma legítima forma de reconhecimento ou uma estratégia para a compra de votos? Essa questão reflete as complexidades e os desafios que cercam a administração do futebol no Brasil.

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