Funcionários do setor de limpeza do Hospital Regional de Carutapera, terceirizados pela empresa FBDL, denunciam que estão com dois meses de salário atrasado. Além da remuneração, a cesta de alimentação também estaria em atraso, afetando diretamente a subsistência desses trabalhadores e suas famílias.
Os funcionários recebem um salário de aproximadamente R$ 1.800, e os atrasos tiveram início ainda durante a gestão da então diretora-geral do hospital, Renata Aragão, prosseguindo mesmo após a chegada do atual diretor, Dr. Cyro Daniel.
Demissões Sem Aviso Prévio e Falta de Contato da Empresa
De acordo com informações obtidas, a FBDL possui um quadro estimado de pouco mais de 30 funcionáriosatuando na limpeza do hospital. Relatos também indicam que alguns trabalhadores foram demitidos sem aviso prévio, o que pode configurar uma violação da legislação trabalhista.
Além disso, os funcionários reclamam da falta de contato da empresapara esclarecimentos sobre os atrasos salariais e também sobre a quitação das rescisões trabalhistas.
Aspectos Legais e Direitos Trabalhistas
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o atraso de saláriopode gerar penalidades para a empresa, incluindo a possibilidade de rescisão indireta do contrato de trabalho por parte do funcionário, além do pagamento de juros e correção monetária sobre os valores em atraso. O artigo 459 da CLTdetermina que o pagamento deve ser feito até o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado.
A falta de pagamento de benefícios, como a cesta de alimentação, pode também ser questionada judicialmente caso esteja prevista em contrato ou em acordo coletivo de trabalho.
Já em relação às demissões, a CLT exige que o empregador cumpra com o aviso prévio ou faça o pagamento correspondente. A dispensa sem aviso prévio e sem justa causa pode resultar na necessidade de indenização ao trabalhador.
Posicionamento da Empresa e do Hospital
Até o momento, não há manifestação oficial da empresa FBDL nem da administração do Hospital Regional de Carutaperasobre a situação dos pagamentos e das demissões. O caso segue em apuração, e trabalhadores afetados avaliam medidas cabíveis para garantir seus direitos.
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