A Prefeitura de Bequimão, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, concluiu nesta semana o serviço de recuperação da barragem do povoado Mafra, na zona rural. O trecho reconstruído tem 3,5 km de extensão e necessita de manutenção sempre que termina o período chuvoso no município.
Além do acesso à comunidade, a barragem tem papel fundamental no combate à salinização da água doce, processo ocasionado pela alta da maré e que pode comprometer a sobrevivência das famílias que residem no entorno dos campos inundáveis. O recurso natural é indispensável para o uso comum da população, manutenção da vegetação e criação de animais durante o período da estiagem.
Bastante produtivo, o ecossistema explorado de forma artesanal e sustentável é o principal meio de subsistência dos moradores dos povoados Mafra, Ramal de Quindiua, Santa Rita, Beira do Campo, Bacurizeiro, Bem Posta, Bem Fica, Muricizal, Ariquipá, Rio Grande e Frechal. É de lá que criadores de animais, pescadores e produtores rurais retiram o seu sustento, o que, segundo o prefeito Zé Martins (MDB), dimensiona a importância da obra para todos que residem naquela região.
“Com a obra, além de restabelecer o acesso ao povoado Mafra, estamos garantindo que as famílias que aqui residem possam usufruir de todo o potencial guardado pela região. Precisamos dar condições para que esses moradores possam produzir, ter renda e garantir o sustento de suas famílias, por meio de atividades como a pesca e a agricultura, que constituem, inclusive, o modo de vida predominante nesta comunidade quilombola e também nas comunidades adjacentes. E é isso que estamos fazendo”, assegurou Zé Martins.
A comunidade Mafra, bem como Mojó, Jacioca, Areal e Beira do Campo, faz parte da lista dos povoados de Bequimão que estão localizados em área de campos alagados e serão beneficiados pelo “Diques da Produção”, programa do Governo do Maranhão que prevê a construção de canais com extensão média de 1,2 mil metros e que, em tese, permitiriam a sobrevivência de várias espécies à seca. As obras, conforme descreve o Governo do Estado, também vão “servir para o uso comum da população, estimulando a geração de emprego e renda”.
Mas, enquanto as obras de construção dos diques não são concretizadas, o reparo emergencial é necessário, para que moradores continuem desenvolvendo suas atividades sócio-produtivas, sem, é claro, pôr em risco a própria existência.
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