Na tentativa de barrar
nova denúncia contra ele, o presidente Michel Temer iniciou uma aproximação com o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, um dos principais nomes do PP na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
"Eu tenho 101% de certeza de que ele é honesto. Ele é correto, decente e honesto", disse Maluf sobre o presidente.
Na terça-feira (26), o peemedebista recebeu o deputado federal no gabinete presidencial, em audiência particular, e, no dia seguinte, o convidou para um almoço no Palácio do Planalto com integrantes da base aliada.
O afago ao ex-prefeito deve-se à avaliação do Palácio do Planalto de que ele é um dos parlamentares com mais influência na bancada do partido, que detém cinco titulares na comissão parlamentar.
Em maio,
Maluf foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e nove meses pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele recorreu da decisão.
Procurado pela Folha, o ex-prefeito não quis relatar sobre o que conversou com o presidente, mas disse ter uma "amizade atávica" com o peemedebista.
'TRANQUILIDADE OLÍMPICA'
Segundo ele, o presidente está em uma "tranquilidade olímpica" e o que o move na vida pública é o "espírito levantino de fazer o bem ao próximo".
Na avaliação de Maluf, a denúncia por obstrução judicial e organização criminosa é "vazia" e não se pode no país "trocar de presidente a cada seis meses".
A ideia é que a romaria continue até a votação final em plenário e se estenda aos parlamentares indecisos. A meta do presidente é conseguir pelo menos 43 votos contra a denúncia na CCJ, número maior que o alcançado no último relatório.
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