Um
médico que trabalha no Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson
Lago, em Pinheiro, afirmou que, mesmo funcionando precariamente, o serviço de
neurocirurgia da unidade era o único na região e, com a sua desativação, as
pessoas da baixada que sofrerem algum trauma de crânio podem não ter chance de
chegar com vida a São Luís. O médico, que preferiu não se identificar, disse
que o hospital nunca foi equipado com material para cirurgia eletiva.
“Tínhamos material mal para fazer trauma. Acho que não se pode em falar
custo alto quando o valor pago é o mesmo pago pelo socorrão aqui em São Luís. O
hospital nem de longe estava no mesmo patamar que o hospital de Coroatá, que,
na época do Murad (Ricardo Murad,
ex-secretário de Estado da Saúde), funcionava muito bem e agora já está
sucateado também aguardando o término das eleições para o serviço ser fechado
também”, observou o médico, criticando a postura da Secretaria de
Estado da Saúde (SES) de suspender a área de neurocirurgia do Hospital de
Pinheiro por alegar alto custo do serviço e baixa demanda.
“A
pouca demanda significa atender várias solicitações de transferência por dia,
mas ter dificuldade de receber o paciente porque o Estado fechou a porta. Isto
é, o paciente só pode ser trazido se a regulação liberar. Uma forma de
seletivar o atendimento é não receber os traumas, mas se for apadrinhado pode.
Ontem (quarta-feira) mesmo internaram um paciente lá com a tomografia do
hospital quebrada. Na UTI! Fingindo que estão dando assistência quando nem se
sabe qual a causa da lesão: AVC isquêmico ou hemorrágico. E se precisar de
neurocirurgia não terá mais avaliação a partir do dia 18”, denunciou.
Do
Imirante.
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