Superintendente da Polícia Civil classifica mobilização como
"palhaçada".
Presos do
município de Pinheiro começaram uma greve de fome por
determinação de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, em
São Luís. Isso porque a Secretaria de Estado de Justiça e Administração
Penitenciária (Sejap) teria colocado os detentos da unidade prisional da ilha
dentro das celas, o que não ocorria antes.
A unidade
prisional de Pinheiro tem mais de 100 detentos. Todos estão sem se alimentar.
De acordo com o delegado regional de Polícia Civil de Pinheiro, Luís Cláudio
Balby, ele foi surpreendido com a notícia. "Recusaram o jantar, recusaram
o café da manhã e, também o almoço. E a comida é de primeira qualidade,
paga pelo contribuinte. Com um cardápio que inclui pratos como purê de batata e
filé de peixe à milanesa. Não é todo mundo que tem a oportunidade de fazer
refeições assim", disse. Membros do comando estariam em Pinheiro e estão
fazendo presos cumprirem e se não cumprirem sofrerão retaliações e poderão até
serem mortos, dizem
Em
entrevista à Rádio Mirante AM, o superintendente de Polícia Civil do Interior,
delegado Jair Paiva, criticou duramente o ocorrido. “Na realidade, isso é falta
do que fazer, para não dizer palhaçada lá em Pinheiro, mas ainda vai aparecer
gente para aplaudir e achar bonito. A situação dos presos no interior acho que
nunca esteve tão difícil. Há cerca de 1.385 presos em delegacias do
interior", destacou Paiva.
Para o
delegado de Pinheiro, o movimento não deve durar muito tempo. "Isso tudo
seria porque a Sejap resolveu trancar todo mundo. Preso, como o próprio nome
está dizendo, é preso. A polícia não vai se intimidar e vamos ver quem vai
ganhar essa queda de braço, afinal de contas, meu estômago não está doendo.
Estamos preparados para qualquer situação e eu acredito que isso não deva durar
muito, porque saco vazio não para em pé", concluiu o delegado Balbe.
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