sexta-feira, 3 de maio de 2024

Filme documentário “Maranhão 66”, que mostra ascensão de José Sarney ao Governo do Maranhão, será restaurado em alta resolução

Projeto cultural, elaborado no Distrito Federal, foi aprovado pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) e terá recurso de quase R$ 1 milhão da Lei Rouanet

Ilustração alusiva ao filme documentário de curta-metragem “Maranhão 66”, que mostra cenas do discurso de posse de José Sarney como governador do Maranhão

Na edição itinerante da 342ª Reunião Ordinária, finalizada no dia 12 de abril, em Vitória (ES), a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) aprovou 330 projetos culturais apresentados ao mecanismo de fomento do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) – Lei Rouanet. Um dos projetos aprovados é a restauração, em alta resolução, do histórico filme documentário de curta-metragem “Maranhão 66”, do célebre cineasta brasileiro Glauber Rocha (1939-1981), que mostra a ascensão de José Sarney ao Governo do Maranhão.

Idealizado no Distrito Federal, o projeto cultural está orçado em R$ 999.266,43 (novecentos e noventa e nove mil, duzentos e sessenta e seis reais e quarenta e três centavos). O trabalho deve restaurar, em alta resolução, o documentário “Maranhão 66”, produzido em 1966 pelo cineasta Glauber Rocha, além de “Terra em Transe”, outra obra notável do falecido diretor de cinema baiano.

O projeto prevê, também, a montagem de acervos digitais das obras, com exibições seguidas de debates em instituições públicas de ensino e distribuição do material em cinematecas, escolas e emissoras de TV.

O documentário

A pedido do então governador eleito e amigo Jose Sarney (então com 35 anos), Glauber Rocha produziu um documentário sobre a cerimônia da posse do político em ascensão, em 1966. Ante o discurso de posse de Sarney e a celebração da multidão com o novo governo, o documentário expõe a miséria da população maranhense, na época. Enquanto Sarney, em um discurso entusiasmado, se comprometia solenemente a acabar com as mazelas do estado, o filme exibia imagens da miséria que assolava a maioria da população local: casas miseráveis, hospitais infectos, vítimas da fome ou da tuberculose.

Os 330 projetos culturais aprovados pela CNIC para fomento por meio da pelo correspondente a R$ 557 milhões para captação com renúncia fiscal oferecida a quem destinar até 4% (empresas) ou 6% (pessoas físicas) de seus impostos a ações de cultura.

Saiba mais aqui.

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