
O transporte aquaviário entre São Luís e a Baixada Maranhense voltou a colapsar. Com apenas três ferryboats da Internacional Marítima em operação, os terminais da Ponta da Espera e de Cujupe enfrentam filas quilométricas, congestionamento e transtornos para motoristas, passageiros e caminhoneiros.
Sem embarcações suficientes, vans de transporte alternativo, carros de passeio e caminhões permanecem parados à espera de travessia. No terminal de Cujupe, a fila se estende por centenas de metros, e em São Luís, na Ponta da Espera, o cenário é semelhante: veículos amontoados, passageiros impacientes e nenhuma previsão de normalização.
De acordo com informações obtidas junto a fontes ligadas às empresas operadoras, o ferryboat São Gabriel, da empresa Henvil, está em manutenção desde segunda-feira (3) e só deve retornar ao serviço no sábado (8). Já o Cidade de Araioses, que estava fazendo a travessia em quase 3h, pertencente à Servi Porto, mas administrado pelo Governo do Maranhão, também precisou suspender viagens após apresentar problemas mecânicos.
Motoristas relataram que a embarcação teria encalhado na Ponta da Espera, inviabilizando a viagem programada para as 10h da manhã, que acabou não saindo. Mas fontes dizem que a embarcação teve um problema mecânico na volta do Cujupe.
Enquanto isso, passageiros que deveriam embarcar às 8h50 no terminal de Cujupe foram obrigados a voltar para casa, diante da falta de alternativas. “Está um caos total. A gente paga caro, enfrenta fila e o governo não dá resposta nenhuma”, desabafou um motorista de van à reportagem.
O caos está instalado, e o silêncio é a única resposta das autoridades. Emap, Segov e Mob — órgãos responsáveis pela gestão e fiscalização do sistema — não se pronunciaram até o momento.
Mais grave ainda é o silêncio dos deputados governistas, que parecem não enxergar o sofrimento de quem depende do ferryboat para trabalhar ou visitar a família. Muitos continuam subindo à tribuna para defender o governo Carlos Brandão, fingindo que está tudo bem.
Falta ferryboat nos terminais, mas sobra óleo de peroba na cara de quem insiste em maquiar o colapso do transporte marítimo maranhense.
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