O deputado estadual Cabo Campos (DEM) se manifestou, pela primeira vez, sobre o drama familiar ao qual vem enfrentando nas últimas semanas. Utilizando o Grande Expediente, na sessão plenária desta quarta-feira (7), o parlamentar expôs o drama vivido pelos filhos e a esposa e pediu à sociedade e aos seus pares de Parlamento que não o crucifiquem.
“Fui crucificado. Fui julgado e condenado. Não ia falar em hipótese alguma. Antes de tudo, sou ser humano, pai e chefe de família. E meu maior intuito foi o de resguardar a privacidade da minha família”, declarou.
Visivelmente emocionado, o parlamentar foi enfático em dizer que não externaria às situações da família, mas que criou coragem para romper o silêncio depois que a filha, Laila Marques, se manifestou sobre o caso, em entrevista a uma rádio, na última terça-feira (6).
“A mesma coragem que eu tive de permanecer calado, mesmo sendo crucificado, a minha menina, que peguei nos braços em 94 e que eu criei para que fosse uma grande mulher, se manifestou, expondo sua orientação sexual e o que, de fato, ocorreu em nosso lar, e da não aceitação por parte da mãe”, contou.
Desde então, o parlamentar contou que Laila passou a sofrer agressões e que era rejeitada pela mãe. “Assim como minha filha, meu casamento não ia bem e passamos a nos desentender constantemente. Até que chegou a noite, que eu tive que contê-la”, descreveu.
De acordo com o parlamentar, a atitude tomada por Laila não foi no intuito de prejudicar a mãe, e sim para que ela possa ser submetida a um tratamento psicológico. “Quando a minha filha registrou aquele boletim de ocorrência, o único entendimento que ela tinha naquele momento era de buscar ajuda para a mãe. Ajuda psicológica e espiritual para que ela pudesse ter o entendimento da aceitação”, expôs.
Na Tribuna, Campos falou dos sucessivos ataques e revelou que não foi ouvido, até o momento, pela Casa. O deputado lembrou que “todos têm direto à ampla defesa, assegurada a qualquer cidadão”, lembrando que tal prerrogativa declarou lhe foi negada.
As imagens de Maria José Campos foram amplamente divulgadas na internet, fato que comoveu a sociedade, ja que a cabelereira usava o colar cervical em decorrência de supostas agressões.
Quanto ao uso do equipamento destinado à imobilização da região cervical, usado pela esposa, o parlamentar esclareceu: “Há cerca de três anos, minha esposa sofreu uma queda em seu salão. Quando cheguei lá, ela estava deitada. Chamamos o SAMU, que fez todos os procedimentos e, após esse episódio, ela passou a usar o colar cervical e também por um hérnia de disco”, disse.
Aos deputados presentes, à galeria e a imprensa, ele confessou: “Vou lutar até o fim para reconstruir minha família. Não sei se vou conseguir, mas vou tentar, até o fim. Existem pessoas com intuitos obscuros de pegar o meu nome e jogar num mar de lama.
A cada matéria, a cada declaração, a cada situação que parte das redes sociais, esse meu sonho de reconstruir a minha família fica mais distante, porque abre uma nova ferida. Volto a pedir aos meus irmãos parlamentares que não me julguem, pois já fui julgado prematuramente pela mídia. Amo a minha família e amo a minha esposa. Quero agradecer a todos que acreditam em mim e seguem orando. Mantenham as suas orações, porque eu nunca vi o clamor do povo de Deus não ser ouvido”, finalizou Campos.
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