“Muitos esquecem que
todos eles [oposicionistas] foram criados e engordados dentro do grupo”,
completa o senador sobre os críticos
A Copa e Moisés
Da Coluna do Sarney
Foi Carlos Lacerda quem pela primeira
vez contou-me a anedota do pessimista e do otimista. Dois meninos no Natal
esperavam a vinda de Papai Noel, o pessimista e o otimista. O primeiro, quando
amanheceu, encontrou debaixo da rede um belo tambor, de cores brilhantes, som
extraordinário e batedores que pareciam de pau marfim. Sua reação foi de
tristeza e começou a chorar porque recebera um presente que não lhe satisfazia.
Já o outro, o otimista encontrou em baixo da rede fezes de cavalo e saiu
gritando de alegria: Papai Noel me deu um cavalo bonito, eu ainda não o vi, mas
já fez cocô em baixo de minha rede.É assim a reação de alguns brasileiros em
face da Copa. Ganhamos a Copa das Confederações, Felipão fez um time que só nos
tem dado alegria. Uns dizem que a seleção é feita de jogadores que não jogam
aqui e sim no estrangeiro, e que não são brasileiros. Mas o que é real e justo
é que são profissionais e que no estrangeiro estão orgulhando o Brasil e nos
enchem de vaidade. Já outros não estão satisfeitos com nada e só fazem criticar
– pau no Brasil, e nosso grande país fica aí sem defesa, apanhando que nem boi
bravo no mourão.
Mas os pessimistas
nem sempre são pessimistas. Eles não têm é sentimento e estão a serviço de
ódios e de ressentimentos. A presidente Dilma deu um exemplo desse
comportamento. Disse que quando estava na prisão na Copa de 82, os presos
resolveram torcer contra o Brasil, mas ela protestou e disse que acima do
regime militar estava o Brasil e portanto nada devia varrer nosso sentimento
nacional, o nosso amor à pátria e ela ia torcer, mesmo sofrendo injustiça, pelo
nosso país.
Nós, aqui no Maranhão, sabemos o que
é esse baixo sentimento e nenhum estado tem penado tanto quanto nós que por
motivos políticos, sofremos uma campanha danada denegrindo o estado. Devo
repetir o que já disse tantas vezes, como sinal desse sentimento baixo tivemos
um governador que mandou, à custa dos cofres públicos, fazer outdoor no Brasil
inteiro com a frase “Maranhão, Estado mais miserável do Brasil”. Isso não
devemos esquecer. A partir daí, tirou milhões de recursos públicos, contratou
agências de publicidade, jornalistas e marqueteiros para falar mal do Maranhão.
Isso até hoje repercute nacionalmente, alguns desavisados só falam nisso.
Cada campanha política é a mesma
lengalenga: oligarquia que precisa sair e muitos esquecem que todos eles foram
criados e engordados dentro do grupo, que elevou o Maranhão para 16º estado
brasileiro, hoje o que mais cresce no país. O Itaqui está entre os 10 melhores
portos do mundo. O estado é um canteiro de obras públicas, com o melhor
programa de saúde do Brasil, com construção de dezenas de hospitais, ensino
superior em muitos municípios, com ministros e altos administradores no Governo
Federal. Um Brasil em que a violência campeia, é o Maranhão o 5º. menos
violento. Embora não se possa negar que isso não nos satisfaz, o maranhense é
de paz, pelo menos mostra que o governo está fazendo esforços e temos
resultados na frente de 22 estados que estão em posição pior que a nossa.
A Bíblia dá o exemplo do quanto o
pessimismo atrasa. Deus deu a Moisés, depois que ele saiu do Egito – Canaã, a
terra prometida. Antes que ali chegasse mandou uns 12 espias na frente, ver
como era a nova terra. Eles voltaram e falaram maravilhas do que viram, mas
também falaram de alguns defeitos, das uvas e homens grandes. Moisés ficou com
medo e resolveu não continuar a marcha e passou 38 anos vagando pelo deserto,
graças aos pessimistas. Eles atrasaram, assim, quase 40 anos a entrada dos
judeus em Canaã. Assim são os pessimistas. Só veem os defeitos das coisas, e
todas têm defeitos no mundo. Eles atrasam e em geral não servem para nada senão
para atrapalhar e atrasar.
Assim é na Copa e nos ataques ao
nosso belo e grande Maranhão.
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