Chorou a perda de um grande amigo, na tarde daquele triste domingo de outubro. Partira, a chamado do Pai, após haver cumprido a missão que lhe fora confiada, em terras pinheirenses.
Pinheiro viu, naquela tarde, uma multidão de seus filhos acompanhar o féretro do velho amigo, passando pelas suas ruas, caminhando lentamente em direção à sua última morada. E, então, começou a lembrar.
Lembrou-se daquela madrugada de 15 de agosto de 1946, quando, alegre e com muitos foguetes, o seu povo acorreu à Faveira para receber os missionários do Sagrado Coração de Jesus que vinham trabalhar, na nova Prelazia criada, em 22 de julho de 1939, pelo papa Pio Xll, através da Bula: Ad maius Chistifidelium. Com D. Afonso Maria Ungarelli, seu Administrador Apostólico, vieram mais oito missionários e, dentre estes, estava frei José Preziosa a. Homem simples, afável, de riso fácil, o jovem missionário logo se integrou à rotina da comunidade que viera servir, na terra que passou a aceitar como sua.
As lembranças se sucediam enquanto o préstito fúnebre avançava em respeitoso silêncio. Pinheiro se lembrou das partidas de futebol promovidas por frei José, após as aulas de catecismo, na Ponta da Malva. Já, no início da noite, a meninada cansada descia, em direção à Praça da Matriz,cantando as músicas ensinadas por ele: “ no mercado de mestre André, nós somos índios, eu vou embora tapim tapô e outras”.
E as recordações afloravam à medida que caminhava o cortejo. Quanta abnegação, na missa das crianças aos domingos, às oito horas, na Matriz. Ao harmônio, com aquele sorriso que expressava a sua alegria, acompanhava as crianças cantarem os hinos sacros ensaiados, nas aulas de catecismo, por Zuíla Corrêa, Januca Câmara, Celsa Castro, Maria Costa, Lucy Soares e Erotildes Costa.
Mas, frei José fez muito mais. Foi um dos que muito ajudou D. Afonso, na implantação do Seminário São José, em 1947, onde fora o primeiro assistente do Diretor, Padre Pedro Augusto Mozzetti e professor de Religião e Desenho.
Na Escola Nossa Senhora do Sagrado Coração, que iniciou suas atividades, numa casa, na Praça da Matriz, em 1950, lá estava ele orientando os alunos e ensinando Doutrina Cristã.
Em 1953, D. Afonso fundou o Ginásio Pinheirense que, alguns anos depois, após a criação do segundo grau, passou a chamar-se Colégio
Pinheirense. Ali, frei José teve uma longa folha de trabalho, sendo um dos seus colaboradores mais dedicados. Trabalhou na direção do estabelecimento escolar e militou na docência e, assim, permaneceu até o momento em que foi obrigado a se recolher, em casa, devido a uma enfermidade que o acompanhou até o seu momento final.
Nesse momento, a grande multidão de seus amigos e admiradores chegou com o esquife ao seu destino final.
Pinheiro olhou para trás e sentiu saudades. O seu amigo havia partido e, por isso, chorou.
Aymoré Alvim
Pinheiro viu, naquela tarde, uma multidão de seus filhos acompanhar o féretro do velho amigo, passando pelas suas ruas, caminhando lentamente em direção à sua última morada. E, então, começou a lembrar.
Lembrou-se daquela madrugada de 15 de agosto de 1946, quando, alegre e com muitos foguetes, o seu povo acorreu à Faveira para receber os missionários do Sagrado Coração de Jesus que vinham trabalhar, na nova Prelazia criada, em 22 de julho de 1939, pelo papa Pio Xll, através da Bula: Ad maius Chistifidelium. Com D. Afonso Maria Ungarelli, seu Administrador Apostólico, vieram mais oito missionários e, dentre estes, estava frei José Preziosa a. Homem simples, afável, de riso fácil, o jovem missionário logo se integrou à rotina da comunidade que viera servir, na terra que passou a aceitar como sua.
As lembranças se sucediam enquanto o préstito fúnebre avançava em respeitoso silêncio. Pinheiro se lembrou das partidas de futebol promovidas por frei José, após as aulas de catecismo, na Ponta da Malva. Já, no início da noite, a meninada cansada descia, em direção à Praça da Matriz,cantando as músicas ensinadas por ele: “ no mercado de mestre André, nós somos índios, eu vou embora tapim tapô e outras”.
E as recordações afloravam à medida que caminhava o cortejo. Quanta abnegação, na missa das crianças aos domingos, às oito horas, na Matriz. Ao harmônio, com aquele sorriso que expressava a sua alegria, acompanhava as crianças cantarem os hinos sacros ensaiados, nas aulas de catecismo, por Zuíla Corrêa, Januca Câmara, Celsa Castro, Maria Costa, Lucy Soares e Erotildes Costa.
Mas, frei José fez muito mais. Foi um dos que muito ajudou D. Afonso, na implantação do Seminário São José, em 1947, onde fora o primeiro assistente do Diretor, Padre Pedro Augusto Mozzetti e professor de Religião e Desenho.
Na Escola Nossa Senhora do Sagrado Coração, que iniciou suas atividades, numa casa, na Praça da Matriz, em 1950, lá estava ele orientando os alunos e ensinando Doutrina Cristã.
Em 1953, D. Afonso fundou o Ginásio Pinheirense que, alguns anos depois, após a criação do segundo grau, passou a chamar-se Colégio
Pinheirense. Ali, frei José teve uma longa folha de trabalho, sendo um dos seus colaboradores mais dedicados. Trabalhou na direção do estabelecimento escolar e militou na docência e, assim, permaneceu até o momento em que foi obrigado a se recolher, em casa, devido a uma enfermidade que o acompanhou até o seu momento final.
Nesse momento, a grande multidão de seus amigos e admiradores chegou com o esquife ao seu destino final.
Pinheiro olhou para trás e sentiu saudades. O seu amigo havia partido e, por isso, chorou.
Aymoré Alvim
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